11 de mai. de 2013

ENTREVISTA DE PAUL McCARTNEY AO CÉSAR CANEDO - GOIÂNIA-GO

- Paul, por que você não se aposenta? 
- Bom... faz o seguinte, venha comigo para o Brasil, veja a multidão que nos espera, e você vai entender porque eu não me aposento...

Ouça essa declaração do Paul aos 7:40'

 

Enviado pela beatlegirl Joelma Vieira.

8 de mai. de 2013

NOSSAS FOTOS: SHOW DE GOIÂNIA

Com os amigos Marcelo Fróes (RJ) e Adriano Ferrari (BA)

Paul cantando Blackbird

O bichinho esperança que Paul deu o nome de Harold

Paul cantando Eight Days a Week

Paul cantando Eleanor Rigby

O ursinho jogado por uma fã ouvindo Your Mother Should Nos


Meu garoto filmou Something, com direito a me pegar no final totalmente encharcado de lágrimas!
- Fazer o quê? (eu pergunto para a câmera...)

7 de mai. de 2013

O SHOW DE PAUL EM GOIÂNIA PELA REVISTA ROLLING STONE

Foto: Pablo Miyazawa
A apresentação que Paul McCartney realizou na noite desta segunda, 6, em Goiânia (GO), tinha tudo para ser previsível. Se levado em conta o repertório, foi mesmo: o set list de 38 músicas foi uma cópia exata da sequência destilada em Belo Horizonte há dois dias, no show que marcou o início da turnê mundial Out There

Diferente do evento no Mineirão, porém, McCartney nao se fez valer de afagos regionalistas para agradar especificamente ao dedicado público de 40 mill pessoas que tomou o estádio Serra Dourada. E acabou nem precisando, visto que alguns artifícios imprevistos acabaram imprimindo à noite um colorido especial. 

“Oi Goiânia! Oi goianos! Esta noite vou tentar falar um pouco de português. Espero não falar bobagem”, disse o beatle mais carismático de todos, alterando levemente o discurso típico de início de show. Vestido com um blazer rosado (o qual despiu com menos de dez minutos no palco), Paul parecia muito mais disposto do que os 70 anos de idade e mais de 50 de carreira poderiam permitir. Na condição de principal artista vivo da música mundial, ele continua a entregar um espetáculo que é a representação máxima do que tal título significa: quase três horas de hits incontestáveis, movidos a eficiência técnica, profissionalismo e bom mocismo irresistível – e, no show em Goiânia, com inesperados lampejos de rebeldia. Esta, no caso, não foi exatamente proporcionada pelo astro e sua sempre eficiente banda, mas uma cortesia dos incontáveis insetos voadores que habitaram o palco ao longo de toda apresentação. 

Antes do show, as criaturas apenas se faziam notar próximas aos telões verticais, durante o tradicional vídeo-retrospectiva. Assim que Paul e seu quarteto deram início ao repertório, às 21h33, com “Eight Days a Week”, os insetos – gafanhotos, esperanças, mariposas, entre outros tantos – passaram a realizar um exótico e espontâneo balé em sintonia com a música e os holofotes que derramavam luzes coloridas nos artistas. Foi na sétima música da noite, na primeira investida do beatle ao piano de cauda, que a inusitada participação especial enfim se fez valer. Durante “My Valentine”, escrita para Nancy Shevell, atual esposa de McCartney, balões vermelhos surgiram na plateia (em “Blackbird”, foram balões pretos). 

Enquanto Paul cantava, insetos dançavam ao redor e pousavam sem cerimônia nos ombros e costas dele. Se em princípio pareceu levemente incomodado, o astro logo entrou na brincadeira, chamando a atenção da plateia e apontando para os seres pendurados nos vincos da roupa. Logo ficou claro que as criaturas assediavam apenas o personagem principal, o único vestido com uma camisa branca e com as luzes mais fortes sempre apontadas para si. “Estamos nos divertindo com os gafanhotos, hein?”, ele generalizou antes de apresentar ao público o ser esverdeado mais insistente, que permaneceu estático no ombro direito dele ao longo de várias músicas. “Este é o Harold. Diga oi para as pessoas”, brincou o músico, que jamais fez menção de evitar tal “ataque”. Ao final de “Maybe I'm Amazed” (dedicada à eterna musa Linda McCartney), mais interação vinda da engajada audiência goiana: cartazes com os dizeres “I Love Meat Free Monday”, referência à campanha lançada por McCartney em 2009 para encorajar a redução do consumo de carne. Harold, por sua vez, continuava firme no local privilegiado de onde assistia ao show. “Agradeça, Harold!”, Paul solicitou furtivamente ao novo amigo. 

Fora este literal fenômeno da natureza, nada mais saiu do script ao longo das bem aproveitadas 2h40 de espetáculo. As faixas que fizeram estreia ao vivo em Belo Horizonte foram repetidas em Goiânia, fato que McCartney fez questão de relembrar. “Esta é a segunda vez em que tocamos essa música no mundo”, ele proferiu em português bem pronunciado antes de “Being for the Benefit of Mr. Kite!” e “Lovely Rita”, ambas de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967). “All Together Now” foi dedicada “às crianças”, enquanto em “Your Mother Should Know”, Paul dedilhou um pequeno piano colorido acompanhado de um ursinho de pelúcia que recebeu da plateia. A faixa, também inédita ao vivo até esta turnê, ganhou clipe no telão com homenagens a diversas mães famosas, de Jackie Kennedy a Michelle Obama. Na também estreia ao vivo “Hi Hi Hi”, Paul entrou adiantado e se desculpou. “Eu errei. Mas isso só prova que estamos tocando ao vivo mesmo.” Já para quem conferiu algum dos shows da turnê anterior de McCartney nos últimos três anos, certas partes pareceram idênticas, inclusive nas palavras escolhidas pelo cantor: “Something” foi dedicada “ao meu amigo George”, enquanto em “Here Today” foi a vez de evocar “o meu amigo John”. A arrasadora sequência ao piano antes do primeiro bis – “Let it Be”, “Live and Let Die” e “Hey Jude” – evocou o mar de lanternas de celulares na multidão (porque isqueiros são coisa do passado), chamas, fogos de artifício e plaquinhas de “na na na”. 

De novidade mesmo somente a presença dos insetos, que insistiram em voltar a rodear apenas o protagonista (que muito habilmente conseguiu cantar sem engolir nenhum deles). Durante a pirotecnia explosiva de “Live and Let Die”, foi inevitável pensar que muitos dos seres voadores dificilmente resistiram à temperatura no palco (ao final da canção, Harold e outros primos comprovaram a teimosia típica dos insetos, estacionados diligentemente nos ombros do amigo Paul). 

Ainda houve tempo para dois bis exclusivamente de faixas dos Beatles, em que McCartney expôs, sem qualquer sutilieza, do que é feita a genialidade do maior compositor da história do rock: “Day Tripper”, “Lovely Rita” (que tomou a posição que foi de “Lady Madonna” na turnê anterior), “Get Back”, “Yesterday” e “Helter Skelter”. 

Os cinco minutos finais do medley do lado B de Abbey Road serviram como o desfecho típico e ideal do show de rock perfeito: “Golden Slumbers”, “Carry the Weight” e “The End”. “Nos vemos em breve”, Paul prometeu, antes da explosão de aplausos, fogos de artifício e papel picado. 

A turnê Out There encerra a passagem pelo Brasil em Fortaleza (CE), nesta quinta, 9. 

Pablo Miyazawa 
Revista Rolling Stone

5 de mai. de 2013

PEQUENA ENTREVISTA MINHA (E FOTO) PARA O JORNAL O POPULAR - GOIÂNIA

Neste domingo, 5 de maio de 2013, véspera do show de Paul McCartney aqui em Goiânia, Goiás, dei uma pequena entrevista para o jornal O Popular, que também publicou uma foto. Ó: 

Fãs de todas as idades de Paul McCartney contam histórias de amor e devoção pelo eterno beatle. Uma promessa para si mesmo: visitar Liverpool, cidade onde John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e o então baterista Pete Best – substituído posteriormente por Ringo Starr – começaram a carreira artística. 

Esse sempre foi um desejo adiado por diversos motivos pelo professor e beatlemaníaco Carlos Edu Bernardes, 53 anos. “Demorei tanto a cumprir a promessa, que Paul vem primeiro na minha cidade do que eu na dele”, brinca o fã, que engrossa a legião que deve lotar o Estádio Serra Dourada amanhã para assistir ao show do artista. Muitos dos fãs da banda mais escutada, tocada e imitada da história estarão amanhã realizando o sonho de toda uma vida: ver um dos integrantes dos Beatles tocando ao vivo. 

Para Carlos Edu, a paixão pela música dos rapazes de Liverpool começou na infância. Os primos mais velhos tinham uma banda cover e ele, aos 5 anos de idade, pensava que os Beatles eram, na verdade, seus parentes. De certa forma, eles passaram a ser tão íntimos como uma família. “É a trilha sonora da minha vida. Lembro que, na época da escola, guardava dinheiro da merenda para comprar os LPs dos Beatles

Fui crescendo e a admiração só aumentou”, explica o professor que tem dois blogs sobre os Beatles. A lembrança mais marcante foi a morte de John Lennon, em 1980. “Minha mãe chegou me falando que tinham atirado em Paul McCartney. Como não havia internet, tivemos de esperar até o jornal na TV para saber que quem tinha sido morto foi o Lennon”, conta. 

O show em Goiânia será o quarto de Paul a que o professor assistirá. Em novembro de 2011 viu outro beatle vivo: Ringo Starr na sua turnê em Brasília. Mesmo assim, ele diz que a expectativa é enorme e que a apresentação tem um gosto todo diferente. “Vai ser um show para curtir com a família inteira. Amigos de vários cantos do País estão vindo. Tenho certeza que será um momento histórico.